18/02/2025
Artigo publicado no jornal A Hora do Sul em 18/02/2025
O mês de fevereiro é marcado por algumas coisas, dentre elas, a volta às aulas da criançada. Esse ano fomos surpreendidos por calorões extremos, temperaturas e sensações térmicas dignas de filmes de ficção, o que abala a motivação até da criança mais entusiasmada para reencontrar os colegas. Agora, afinal de contas, você pode estar se questionado: o que isso tem a ver com ESG? Muita coisa!
Embora muitos autores sejam pragmáticos no conceito de ESG, convergindo a atenção para a gestão de riscos empresariais nos pilares ambiental, social e governança, outra vertente mais sutil enxerga o ESG como oportunidade de tornar o mundo um lugar melhor para a nossa geração e as futuras. Alguns dos grandes causadores das mudanças climáticas (responsáveis pelas altas temperaturas e chuvas extremas) são a liberação exacerbada de gases de efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono (CO2), o metano e o óxido nitroso, gerados com a queima de combustíveis fósseis, agropecuária, atividades industriais e desmatamento (a mata preservada captura esses gases; com o desmatamento, perdemos essa ferramenta natural poderosa). É sabido também, que grandes negócios e nações são os maiores responsáveis por essa situação, contudo, isso não nos exime de responsabilidade, ou seja, cada um de nós, como indivíduos, devemos fazer nossa parte.
Dentro deste contexto, penso que o ESG deve ser tratado como estratégia além da gestão de riscos, e mais, adentrando as residências e não só deva estar presente nas dependências das organizações.
Se cada indivíduo tomar a responsabilidade para si, mudando pequenos hábitos do dia a dia, seríamos 8 bilhões de pessoas olhando com uma perspectiva mais positiva para o futuro que está logo ali. E quando se trata de famílias, o exemplo dos responsáveis perante os pequenos é a chave para ativar as boas práticas em relação ao meio ambiente e o respeito a sociedade como um todo.
Seguindo o fluxo dessa vertente, quando incorporamos práticas de separar o lixo, economizar água e até captar água da chuva para algumas atividades ou ainda participamos de projetos sociais, e somados a isso, ensinamos, conversamos, incentivamos nossos filhos, sobrinhos, afilhados, vizinhos a fazerem o mesmo, nossa contribuição está sendo feita, além de “semeada” em todos aqueles que, direta ou indiretamente, participam.
Por ora parece pouco? Imagina se todos os 8 bilhões pensarem assim?!
Muito além de gestão de riscos, ESG é consciência e bom-senso, e isso se aprende em casa.
