09/11/2024
Artigo publicado no jornal A Hora do Sul em 09/11/2024
No decorrer deste ano, especialmente após a tragédia climática que arrasou nosso estado, esta sigla tomou conta de palestras, bate-papos e talks pelo estado afora. Os que arriscaram seus palpites sobre o assunto e o relacionaram à sustentabilidade, puderam perceber que ESG é muito mais; os que já tinham algum conhecimento, aproveitaram para se aprofundar e enxergar aí uma oportunidade de contribuir para um MUNDO melhor (sim, o assunto é grande mesmo!).
Literalmente ESG é Environmental, Social and Governance, sigla em inglês para Ambiental, Social e Governança. Na prática, essa tríade é um grande guarda-chuva que abriga estratégias de gestão de riscos nestes três pilares, inclusive sustentabilidade. Assim como carregamos nossas características e informações genéticas no DNA, o ESG é o grande carreador da estratégia das empresas. O ESG é (deve ser) parte fundamental do DNA dos negócios.
As práticas ESG visam minimizar ou compensar impactos negativos gerados pelas empresas nas esferas ambiental, social e de governança, e potencializar os impactos positivos, contribuindo para um ambiente mais justo e saudável, além de gerar valor e diferenciação para seus negócios.
No cenário atual, onde investidores e consumidores valorizam produtos e empresas éticas e sustentáveis, integrar práticas ESG na estratégia é mais do que uma tendência, é uma necessidade para a continuidade dos negócios.
Sabe aquela empresa que investiu em energia solar, separa o lixo que produz e fez parceria com uma outra empresa de reciclagem que recolhe o material uma vez por semana? Isso é ESG!
Já ouviu falar naquela outra que tem um projeto social no bairro onde está localizada, incentiva financeiramente e por meio de trabalho voluntário uma horta comunitária? Isso é ESG!
No micro e no macro, as boas práticas estão ganhando força entre as empresas e isso é ótimo. O momento é de educar e incentivar práticas dessa natureza, desmistificando que ESG é estratégia exclusiva para grandes empresas. No Brasil mais de 95% das empresas são micro e pequenas, ou seja, a esmagadora maioria. Isso reforça a ideia de que TODOS devem fazer sua parte, pensando no legado, afinal de contas, de que adianta empresas bem-sucedidas, quando as perspectivas são alarmantes em relação ao meio-ambiente?
Do ponto de vista estratégico, estamos falando de continuidade de negócios; sob a ótica do propósito, deixar legado e um ecossistema saudável para as próximas gerações.